Atelier como espaço de conversa

O projeto “Atelier como espaço de conversa” consistiu na criação de um espaço de trocas entre agentes mulheres do circuito artístico brasileiro entre os dias 17 de dezembro de 2013 e 15 de maio de 2014. Este espaço se desdobrou em múltiplas interfaces, foram elas: um livro bilíngue (impresso e disponível para download), mesa-redonda, performance, oficina, exposição e plataforma digital. O projeto foi  contemplado pelo Prêmio Mulheres nas Artes Visuais, da Funarte em parceria com o Ministério da Cultura e a Secretaria de Políticas para as Mulheres

Os eventos aconteceram na Subterrânea (Av. Independência, 745/Subsolo – Porto Alegre), espaço artístico independente gerido por Lilian Maus, artista e proponente do presente projeto. A ideia principal do projeto foi produzir e compartilhar conhecimento sobre os processos de criação e circulação da arte, a partir de vozes femininas atuantes no circuito artístico brasileiro.

O Livro

Intitulado “A palavra está com elas: diálogos sobre a inserção da mulher na arte contemporânea”, o livro explora o gênero da entrevista, privilegiando a fala em primeira pessoa, como forma de investigar e pesquisara participação de mulheres no cenário artístico. Foram entrevistadas para o livro Glória Ferreira, Fabiana Faleiros, Vera Chaves Barcellos, Beatriz Lemos, Maria Helena Bernardes, Francisca Caporali, Samantha Moreira, Lia Menna Barreto, Bruna Fetter e Cristiana Tejo. O livro é bilíngue (português/inglês) e tem projeto gráfico e ilustrações assinadas por Letícia Arais Lopes, e conta ainda com intervenção de  Fabiana Faleiros. A tiragem é de 1mil exemplares com distribuição gratuita.

Mesa redonda

Trato-se de um debate que acompanhou o lançamento do livro, dia 15 de maio com relatos de experiência nas áreas de gestão, curadoria, pesquisa e produção artística. Participam da mesa Francisca Caporali, artista e gestora do JA.CA, Samantha Moreira, artista e gestora do Ateliê Aberto, Maria Helena Bernardes, artista, gestora e professora da Arena, e Bruna Fetter, doutoranda em História, Teoria e Crítica pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS.

Performance

A performance da artista Fabiana Faleiros acompanhou o lançamento do livro, dia 15 de maio, e ocorreu após a mesa redonda. A performance foi realizada no próprio espaço criado pela instalação de Olga Robayo, com pallets de madeira e roupas.

Instalação

Levando o mesmo nome do projeto, “Atelier como espaço de conversa”, a instalação da artista colombiana Olga Robayo fundiu-se completamente com o espaço do Atelier Subterrânea, criando um novo ambiente de exposição, debate, performance. A obra fez uso de 50 pallets de madeira, centenas de roupas (que serão doadas para a Campanha do Agasalho 2014) e com dezenas de materiais obsoletos do próprio atelier.

Oficina de curadoria

A curadora independente e pesquisadora Beatriz Lemos ministrou curso gratuito ” O circuito de Arte e as Estratégias de Atuação: Mapeando o Meio Profissional da Arte”, sobre curadoria e pesquisa em arte. A atividade ocorreu entre os dias 8 e 9 de maio, no Atelier Subterrânea (Porto Alegre).

Exposição

A mostra “Obscenidades para donas de casa”, colocou em diálogo, sob um tom de ironia, as produções artísticas de Amélia Brandelli e Cláudia Barbisan no Atelier Subterrânea. Fizeram parte da exposição desenhos, colagens, tecidos e objetos.

CONTINUIDADES

Durante o projeto, foi criada a plataforma Mulheres na Arte Contemporânea, um espaço virtual que busca refletir sobre a participação das mulheres no cenário das artes visuais através do método da entrevista. Na plataforma, são inseridas conversas realizadas tanto no projeto Atelier como espaço de conversa, como em outras iniciativas que buscam provocar estas reflexões sobre questões de gênero nas artes visuais.

 

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